quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Entenda..

Eu não tinha medo de você. Tinha medo do que você poderia começar e eu não teria força de impedir. Até porque eu queria tanto quanto você, eu acho. Não é por acaso que toda vez que sonho contigo, me pego te abraçando e te sentindo presente, mais até do que você é agora, na vida real.

Como é que você pode se apaixonar e esquecer tão rapidamente? As vezes penso que pode ter sido um livramento e me questiono: Quem sabe o tipo de pessoa que ele é? Será que ele passaria na minha cara o dinheiro dele? Será que ele iria fazer piada de mim na frente dos amigos? 

Não sei porque penso nisso até hoje. Será que algum dia, de veneta mesmo, ele lembra de mim e pensa como seria ter estado comigo, nem que seja uma vez? Será que ele sente o mesmo pesar que eu por saber que isso nunca vai acontecer? Ou será que ele está tão ocupado sendo feliz em sua vida a dois que nem recorda da minha existência?
Queria que o mundo acabasse depois dessa festa. Não sei porque sinto que vou te encontrar lá. Fico apavorada. Não sei qual será a minha e, pior, a sua reação. Se vai estar sozinho ou se vou ser obrigada a ver tua relação perfeita outra vez. Será que vai me ver? Será que vai reparar que estou mais gorda? Ou será que vai me cumprimentar e falar o quanto estou "LIN-DA"? Como disse antes.

O pior de tudo é que eu não sei porque ainda dou importância a isso tudo. Na verdade, até acho que sei. É a famosa falta de opção. Festa de hétero sempre promete mais do que cumpre. É a tão familiar rejeição que acontece nesse tipo de balada que me lembra a tua rejeição. Como se a cada convite que não recebo ficasse mais evidente que você estava certo em me deixar.

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Esse texto foi encontrado no meu bloco de notas, datado em 25 de julho de 2015.