segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Halloween: conheça as bandas mais perturbadoras do cenário musical



Nesta segunda- feira é comemorado o Halloween, uma palavra de origem inglesa que significa Véspera do Dia de Todo os Santos. Na cultura pagã, a comemoração celebrava os mortos e, na religião católica, a festividade seria um memorial de santos e mártires da instituição. Hoje em dia, além de perpetuar a alusão ao culto aos mortos, o Halloween é associado a tudo que provoque estranhamento, medo e inquietação nas pessoas. Pensando nesse aspecto sombrio da data, elaborei uma lista com bandas perturbadoras com histórias ocultas, bizarras e mácabras. Você está preparado? Então confere aí:

1- Silencer



Impossível falar sobre bandas perturbadoras sem lembrar do grupo sueco Silencer. Formado em 1995, seus integrantes são considerados os fundadores do Suicidal Black Metal e eram conhecidos por seu estilo agressivo. Suas letras eram radicais e repletas de niilismo, misantropia e fúria, glorificação do suicídio, nazismo, massacres e destruição. O vocalista Nattram n é responsável pelo caráter assustador da banda. 

Em 1998, o primeiro demo do Silencer chegava no circuito comercial trazendo apenas uma música intitulada Pierce me (Fure-me, tradução livre). A faixa continha quase 11 minutos e era marcada por urros guturais do vocalista. Reza a lenda que a gravação apresentava vários problemas de mixagem por que só pôde ser gravada uma vez, já que o vocalista teria se auto-mutilado durante a gravação em estúdio. Verdade ou mito, os gritos estridentes e perturbadores chamou atenção de uma gravadora alemã, a Prophecy Productions, que no ano seguinte assinou um contrato com os membros da banda. 

Há poucos registros de que o Silencer tenha se apresentado em público. Um deles, tem 12 minutos e não é possível ver nada além de pessoas gritando e brigando. O grupo também gravou apenas uma entrevista em sua carreira sob pena de perder um acordo contratual. A "entrevista" se resume a algumas perguntas dirigidas aos músicos que apenas grunhem de forma monocórdia e gargalham. Não é à toa que depois disso, a banda perdeu o apoio da gravadora. Ouça o demo original de 1998:

Saiba mais sobre a banda clicando aqui


2- GG Alin


Mais conhecido por sua performance "extravagante"(vamos dizer assim) no palco, Kevin Michael Allin, mais conhecido como GG Allin é uma das figuras mais bizarras da cenário musical. Ele foi um vocalista de punk rock e líder de diversas bandas e, nessas apresentações, Allin aparecia se cortando com cacos de vidro e outros objetos; arrebentando a cabeça com o microfone ou o introduzindo em seu ânus; defecando no palco e ingerindo os excrementos, ou os passando em seu rosto e, muitas vezes, atirando fezes na platéia. Apesar do destaque maior a suas atitudes no palco, ele gravou um volume significativo de material, não apenas no gênero punk, mas também de country and western e rock clássico. Ele chegou a prometer que cometeria suicidio no palco em pleno show. Não conseguiu cumprir a promessa, pois foi fatalmente vitimado por uma overdose de heroína no dia 28 de junho de 1993, aos 36 anos de idade.

Seus àlbuns eram propositalmente mal-gravados, mal-produzidos, vinham com uma distribuição também propositalmente pequena para que futuramente se tornassem escassos, e tinham em geral péssimas críticas musicais. Apesar desses fatores, GG Allin sempre manteve um público cult, e uma legião de fãs que aumentou bastante após a sua morte.


3- Sopor Aeternus

 
Anna Varney Cantodea é o nome artístico da única integrante do Sopor Aeternus & The Essemble of Shadows. Sabe- se muito pouco sobre ela, que adotou uma postura reservada, sendo a música a sua principal forma de contato com o mundo exterior. O nome da sua "banda" é Sopor Aeternus & the Essemble of Shadows, mas, na realidade, a assembleia se trata dos espíritos que guiam Anna desde sua infância. É claro que ela conta com ajuda técnica humana para execução dos álbuns em estúdio, mas sobre isso ninguém sabe muito bem a respeito. Anna é biologicamente um homem, mas não se identifica com nenhum dos dois sexos. No entanto, prefere ser chamada no feminino e adotou o nome "Anna Varney Cantodea", que é uma mistura de personagens que ela curte e de ironia. Esse conflito com a própria sexualidade fez ela desenvolver depressão e a terapia indicada para ela foi a música. Ela também alimenta um blog que não é atualizado com tanta frequencia, mas conta situações do cotidiano dela, que revela uma face sarcastica muito atraente. 

Anna vive reclusa em sua casa na Alemanha, tem hábitos noturnos e solitários, porque "odeia humanos". Por isso mesmo ela nunca se apresentou em shows e nem pretende. Mesmo assim, Anna é extremamente engraçada, inteligente, irônica e ácida. Sua obra é basicamente sobre sua vida. Li, em algum lugar, que ela só canta a música uma única vez e é durante a gravação da faixa. Ela dizia que era porque o sentimento que sentia cantando a música só deveria ser expressado uma vez e que não fazia sentido ficar repetindo a canção. Não se sabe o que disso tudo é realidade ou lenda, o que pode- se concluir é que Anna é a personificação espirito do gótico, que a primeira vista parecer ser grosseira, assustadora  e macabra, mas na realidade é profunda, sensível e muito poderosa. 
Ouça também In der Palastra

sábado, 22 de outubro de 2016

Aerosmith faz show apaixonante e surpreendente no Recife

Valeu apena esperar tanto tempo para assistir o primeiro show do Aerosmith na capital pernambucana! Os fãs conferiram uma apresentação impecável do grupo norte americano, repleta de clássicos, nesta sexta- feira, no palco interno do Classic Hall. Foram duas horas de performance que ficaram eternizadas na lembrança dos presentes.

 No auge dos seus 68 anos, mostrando muita energia e simpatia, o vocalista Steven Tyler foi acompanhado em coro estridente quando deu voz a hits como Crazy, Cryin', Dream on, I don't wanna miss a thing, Rock in a elevator, Kings and Queens, Chip away e Rats in the Cellar. Tyler, incansável no palco, bebeu água dos fãs, ganhou presentes de admiradores e se disse apaixonado por essa terra. "Nós amamos vocês, Recife", revelou com forte sotaque e sentido logo a recíproca com os gritos e palmas dos fãs.

 Já o guitarrista Brad Whitford surpreendeu a todos com a performance impressionante, que para muitos é até mesmo impossível. Ele fez um solo com o instrumento por trás da cabeça. Ao decorrer do show, os telões do palco exaltavam imagens da nossa tão conhecida capital. Entre as imagens, estavam as do passeio turístico que os integrantes fizeram na última quinta feira pelo Recife. Muitos sortudos conseguiram uma foto ao lado do seus ídolos. No meio da apresentação, o vocalista abriu espaço para o público pedir a música que desejasse ouvir. O show foi a pura celebração do rock'n' roll, do amor e da vida. Nunca os pernambucanos torceram tanto para o fim de semana não chegar.

Confira o setlist da noite:
Draw the Line
Love in an Elevator
Cryin'
Eat the Rich
Crazy
Kings and Queens
Livin' on the Edge
Rats in the Cellar
Dude (Looks Like a Lady)
Monkey on My Back
Pink
Rag Doll
Stop Messin' Around
(Fleetwood Mac cover)
Chip Away the Stone
I Don't Want to Miss a Thing
Come Together
(The Beatles cover)
Walk This Way
Dream On
Sweet Emotion