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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Se alimentar de tristeza


Todo mundo conhece uma pessoas que parece que arrasta dois cavalos mortos nas costas. Não vou fazer a evoluída, eu também já tive meus momentos low profile. Você pode até achar frescura quando aquela sua amiga se afunda na maior bad do universo porque não consegue superar um boy, ou por qualquer outro problema, no fundo essa atitude não passa de uma defesa natural.

Observando(a mim, muitas vezes) essas pessoas que insistem em alimentar suas tristezas, cheguei a seguinte conclusão: Geralmente, a vida pode ser tão linear em relação aos sentimentos que até uma grande frustração é a unica emoção que transborda  é o único lampejo de movimento na vida. Para mim, a transição de adolescente para adulto, o contato com novas responsabilidades frustraram a minha construção infantil do que é crescer. As cobranças e os relacionamentos eram mais pesados do que eu imaginava que seriam.

Então passei por um momento de reclusão, solidão e, talvez, de um inicio de depressão.(ão, ão, ão) Desta forma, eu procurava por emoções que se equiparassem a intensidade da minha tristeza. Buscava identificações em coisas chocantes, em histórias, músicas e vídeos macabros. Aquilo me entendia, mas também me afundava no sentimento que tanto me fazia mal. ¯\_(ツ)_/¯

                      Foi assim que conheci Anna Varney Cantodea, do Sopor Aeternus

Daí entendi que a pessoa se agarra tanto a aquele sofrimento, porque querendo ou não, é o único sentimento que ela tem. É a unica sensação que a faz se sentir viva, mesmo que seja dolorido. Tudo é melhor do que voltar pra estagnação. Porque a vida comum e rotineira não é tao valorizada. Nós tendemos a nos recordar dos extremos, dos dias glorioso ou dos trágicos. Essa valorização dos extremos é que cria a frustração do cotidiano. Tudo é melhor do que voltar para o entediante sensação de monotonia.

Pode parecer fácil dizer "fique feliz", mas a pessoa sente maior conforto na tristeza. Ela tem que se esforçar, que lidar com o cérebro todo dia para conseguir enxergar a beleza e a leveza das coisas. E, estranhamente, quando ela se frustra novamente parece que voltou a zona de conforto, de onde nunca deveria ter saído. Ou tentado sair. É uma permanência nervosa como um vício que você sabe que faz mal, mas de certa forma ele te traz um conforto. A pessoa não tem uma consciência de que aquilo é danoso, mas o mundo do lado de fora parece pior.


Não sei se entenderam meu ponto de vista. Porém, fiz o texto com a intenção de fazer vocês optarem pelo outro lado. Por uma vida de verdade, não por uma sub existência. A tristeza conforta te tirando pedaços aos poucos, te limitando e te deixando incapaz. Coloquei músicas, que para alguns pode parecer tristes, mas para mim, elas foram as melhores terapias.


Escrito por Juliana Freire às 9:01:00 PM
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Juliana Freire, 26 anos, jornalista recifense. Tenho experiência em Mídias Digitais e Marketing. No tempo livre, é crossfiteira, viciada em redes sociais, adora ver séries e filmes, ler, escrever, ouvir música e ficar por dentro das novidades (: Página feita para a divulgação textos, matérias e notas autorais e para compartilhar algumas entrevistas de comunicadores que admiro muito. E outras vezes, algumas entrevistas feitas por mim. Divirtam-se.

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